Entre a benção e a confusão: Quem está liderando seus filhos?
- Karla Peluci

- 24 de nov.
- 2 min de leitura

Criar um filho é uma missão que exige mais do que amor: exige discernimento. Quando Deus nos entrega uma criança, Ele nos confia também o papel de guiar seus primeiros passos espirituais. Desde cedo, cada gesto, cada palavra e cada influência ajudam a moldar o terreno onde essa vida vai crescer.
Vejo muitos pais que, por falta de maturidade espiritual, acabam conduzindo esse processo de uma forma confusa. Tomam decisões importantes com base apenas no próprio entendimento, no improviso ou em tradições que não carregam profundidade. A Bíblia alerta sobre isso:
“O meu povo perece por falta de conhecimento.” — Oséias 4:6
Às vezes, por desconhecimento, pais entregam momentos que deveriam ser espiritualmente significativos nas mãos de pessoas que não têm preparo, não têm testemunho ou não carregam uma autoridade para exercer certas funções. Não se trata de apontar nomes ou cargos — mas de compreender que a formação espiritual de uma criança não deve ser tratada com descuido.
A imposição de palavras, gestos e influências sobre uma criança pequena tem peso. Há ocasiões simbólicas que marcam a vida desde o início — e que exigem que quem fala, ora ou se coloca como referência espiritual tenha vida alinhada com Deus. Quando esses momentos são conduzidos sem esse cuidado, aquilo que deveria trazer direção pode acabar trazendo apenas confusão.
Mas, de forma sutil, essa confusão começa quando os pais vivem guiados mais por sentimentos do que por princípios; mais por conveniência do que por convicção; mais por costume do que por fé.E a Palavra nos orienta:
“Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie no seu próprio entendimento.” — Provérbios 3:5
Os filhos precisam de pais que busquem sabedoria. Que entendam que espiritualidade não é cerimônia, é fundamento. Que percebam que certas decisões não são apenas sociais ou festivas, mas espirituais — e que pedem maturidade.
A liderança espiritual dos filhos não pode ser terceirizada; ela deve ser vivida.Com responsabilidade.Com discernimento.Com coerência.
Porque quando os pais escolhem com cuidado o que colocam sobre a vida dos filhos — palavras, referências, exemplos, influências — eles constroem um terreno sólido onde a criança poderá crescer segura, firme e abençoada.




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